DOMINGO DIA 30 DE JUNHO DE 2013 EM CACELA VELHA
das 17h00 às 23h00
TRIPLAMENTE TENTADOR
Mercadinho de verão, velharias e antiguidades; artesanato
tradicional (empreita, cestaria, latoaria, cerâmica,…) e novas criações;
produtos alimentares como o mel, o pão em forno de lenha, bolos, compotas,
licores; flores; vinhos algarvios; cremes e sabonetes naturais; brinquedos de
madeira....
Exposição de fotografia de Filipe da Palma “Navegando em terras de Cacela"
Em terras de Cacela é ainda possível ter a breve sensação da
existência de uma linha de vida não quebrada, de uma certa continuidade, de uma
não tão abrupta clivagem entre um passado ainda recente e um presente em
incessante mutação, pois a vista sossega em unidades de paisagem que se
encontram … digamos… menos contaminadas pela presença e signos de tal presente…
é-nos possível deambular por entre os símbolos desse Algarve cuja existência se
faz sentir quer em elementos sujeitos a uma reconstrucção invocando tal passado
já desaparecido, quer na existência resiliente de outros que persistem ainda
como parte do tecido vivo da sociedade e da paisagem que esta ocupa: no empedrado
de algumas ruas, nas ruínas de algumas habitações, na existência de outras
ainda habitadas, que mantêm nas fachadas traços e legados,na presença de
elementos que apesar de já hoje ter caducado o seu valor utilitário
metamorfosearam-se em elementos decorativos/interpretativos da região, na troca
de palavras com velhos que encerram em si, para além de uma afável simpatia, o
saber fazer, o conhecimento que foi durante décadas velado pelo denso , pesado
e uniformemente árido manto de areia por onde se espraiam cálidas e salgadas
águas tudo queimando em seu redor.~
Cacela surge como um sobranceiro esporão, e se por um lado
nos cativa por um ciciar através da vista de balsâmicas paisagens, por outro
afirma a um mesmo tempo com um murro na mesa - pela sua tangível existência e
resiliência : Isto era o Algarve, foi isto que vós haveis perdido, vós que nas
férias e ao fim de semana vos dirigis para as minhas costas, entupindo as ruas
e as estradas com vossos veículos, com vossos corpos, com vossos carnavaleiros
pensamentos, na busca de uma fuga da Vida consumida por entre as necessidades e
obrigações diárias, de um ter de ser, porque sim…na busca de uma plenitude
atingida por uma estadia de breves horas em local Santo…
“Porém Cacela
Foi desejada só pela beleza”
Sophia de Mello Breyner Andresen in A conquista de Cacela, Livro Sexto,1962
Exposição de fotografia “Luz sobre a Ria “ do grupo de
fotógrafos F/18.1 integrada na campanha solidária “Salvem o Golfinho"
Hoje conhecida por “Golfinho” esta lancha de madeira com
mais de 20 anos e outrora usada na pesca de rede artesanal, é oriunda de Monte
Gordo e representante da última geração destas embarcações. Destinada à demolição
por motivo de construção de nova embarcação foi doada à ADRIP para fins
culturais.
Esta exposição tem como objetivo a angariação de fundos
destinados à sua recuperação.
Não
tendo ainda atingido o valor total foi possível que
os responsáveis pelo estaleiro, onde vai ser realizado o restauro do
“Golfinho”, procedessem à sua trasladação, iniciando desta forma o processo de
recuperação que levará aproximadamente um ano.
Sendo um processo muito lento, já que necessitará de alguns
meses na secagem das madeiras para dar início ao seu restauro, continuamos com
a nossa campanha de angariação de fundos.
Os trabalhos expostos do grupo de fotógrafos F/18.1, podem
ser adquiridos pelos visitantes e o valor realizado reverte para a recuperação
da embarcação.
http://adripcacela.blogspot.pt/p/campanha-solidaria-salvem-o-golfinho.html
http://adripcacela.blogspot.pt/p/campanha-solidaria-salvem-o-golfinho.html
Apareçam e divulguem
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